Artes
- Arquitetura
- A mais desenvolvida das artes
, porém não era tão notável quanto a egípcia. Caracterizou-se pelo
exibicionismo e pelo luxo. Construíram templos e palácios, que eram
considerados cópias dos existentes nos céus, de tijolos, por ser escassa a pedra na
região;. O zigurate, torre piramidal, de base retangular, composto
de vários pisos superpostos, formadas por sucessivos andares, cada um
menor que o anterior. Construção característica das cidades-estados
sumerianos. Nas construções, empregavam argilas, ladrilhos e tijolos.
Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser
um santuário, como um local de observações astronômicas.
As
muralhas construídas por Nabucodonosor eram tão largas, que sobre elas
realizavam-se corridas de carros. Mais famosas foi as portas, cada uma dedicada
a uma divindades e ornamentadas com grandes figuras em relevo. O caminho das
procissões e a porta azul de Ishatar (deusa do amor e da fertilidade) eram
decorados com figuras em cerâmicas esmaltada. A porta encontra-se no Museu de
Berlim, mas suas cores desapareceram.
- Escultura e pintura. Tanto a escultura quanto a
pintura eram fundamentalmente decorativas. A escultura era pobre,
representada pelo baixo relevo. Destacava-se a estatuária
assíria, gigantesca e original. Os relevos do palácio de Assurbanípal são
obras de artistas excepcionais. A pintura mural existia em função da
arquitetura.
Um dos
raros testemunhos da pintura mesopotâmica foi encontrado no Palácio de Mari,
descoberto entre 1933 e 1955. Embora as tintas utilizadas fossem extremamente
vulneráveis ao tempo, nos poucos fragmentos que restaram é possível perceber o
seu brilho e vivacidade. Seus artistas possuíam uma técnica talvez superior à
que lhes era permitido demonstrar.
"Leis
da frontalidade"
Como era
preciso colocar figuras tridimensionais, em uma superfície bidimensional, a
imagem sofria um rígido processo de distorção: onde a cabeça, pernas e pés eram
representados de perfil e o busto de frente.
Música e
dança
Quando os
fiéis estavam reunidos, cantavam hinos em louvor dos deuses, com acompanhamento
de música. Esses hinos começavam muitas vezes, pelas expressões: "Glória,
louvor tal deus; quero cantar os louvores de tal deus", seguindo a
enumeração de suas qualidades, de socorro que dele pode esperar o fiel.
Nas
cerimônias de penitência, os hinos eram de lamentação:
"aí de nós", exclamavam eles, relembrando os sofrimentos de tal ou
qual deus ou apiedando-se das desditas que desabam sobre a cidade. Instrumentos
sem dúvida de sons surdos, acompanhavam essa recitação e no corpo desses
salmos, vê-se o texto interromper-se e as onomatopeias "ua",
"ui", "ua", sucederem-se em toda uma linha. A massa dos
fiéis devia interromper a recitação e não retomá-la senão quando todos, em coro
tivessem gemido bastante.
A
procissão, finalmente, muitas vezes acompanhava as cerimônias religiosas e
mesmo as cerimônias civis. Sobre um baixo-relevo assírio do British Museum que representa a tomada da
cidade de Madaktu em Elam, a população sai
da cidade e se apresenta diante do vencedor, precedida de música, enquanto as
mulheres do cortejo batem palmas à oriental para compassar a marcha.
Há cantos
a favor ou contra um nascimento feliz, cantos de amor, de ódio, de guerra,
cantos de caça, de evocação dos mortos, cantos para favorecer, entre os
viajantes, o estado de transe.
A dança, que é o gesto, o ato reforçado, se
apóia em magia sobre leis da semelhança. Ela é mímica, aplica-se a todas as
coisas:- há danças para fazer chover, para guerra, decaça, de amor etc.
Danças
rituais têm sido representadas em monumentos da Ásia Ocidental, Suméria. Em Thecheme-Ali, perto de Teerã; em Tepe-Sialk, perto de Kashan; em Tepe-Mussian, região de Susa, cacos arcaicos
reproduzem filas de mulheres nuas, dando-se as mãos, cabelos ao vento,
executando uma dança. Em cilindros-sinetes vêem-se danças no curso dos festins
sagrados (tumbas reais de Ur).
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